Venezuela recua após contacto com Bruxelas e não expulsa representante da UE

O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tinha expulso a portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa depois de a União Europeia sancionar 11 funcionários de Caracas por violarem a imunidade parlamentar de Juan Guaidó.

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Maduro tinha dado 72 horas à diplomata portuguesa para deixar a Venezuela Reuters/Manaure Quintero

As autoridades venezuelanas recuaram na decisão de expulsar a representante da União Europeia na Venezuela, a diplomata portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa, após uma conversa telefónica entre os chefes de diplomacia das duas partes.

Num comunicado conjunto, o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, e o ministro para as Relações Externas da Venezuela, Jorge Arreaza, indicam que tiveram “uma conversa telefónica na qual concordaram na necessidade de manter o quadro das relações diplomáticas, especialmente numa altura em que a cooperação entre ambas as partes pode facilitar os caminhos do diálogo político”. Sem avançarem outros pormenores.

“Como consequência, o Governo venezuelano decidiu deixar sem efeito a decisão tomada em 29 de Junho de 2020, através da qual declarou persona non grata a embaixadora Isabel Brilhante Pedrosa, chefe da delegação da União Europeia em Caracas”, lê-se no comunicado, divulgado em Bruxelas pelo Serviço Europeu de Acção Externa.

Os 11 funcionários de Caracas foram sancionados pela representante da UE acusados de “actuar contra o funcionamento democrático da Assembleia Nacional (Parlamento) e de violar a imunidade parlamentar” dos deputados, inclusive do líder opositor e presidente daquele órgão, Juan Guaidó.

Nicolás Maduro deu 72 horas à diplomata portuguesa para abandonar o país, que terminariam nesta quinta-feira.