Presidenciais são prova de fogo à deriva iliberal da Polónia
Apoiado pelo Lei e Justiça, Presidente Duda apostou forte na mensagem anti-LGBT para apelar ao eleitorado conservador. Embate com o liberal Trzaskowski numa segunda volta pode pôr travão no trajecto antidemocrático polaco.
Quem manda na Polónia é o Governo, mas é ao seu Presidente que cabe a última palavra sobre a entrada em vigor das leis e reformas do executivo. Num qualquer outro país de sistema semipresidencialista, o veto presidencial é uma das características elementares do princípio da separação e interdependência de poderes. Na Polónia actual, porém, ela é decisiva para o rumo da reformulação do regime democrático, iniciada em 2015, pelos ultraconservadores do partido Lei e Justiça (PiS). Por isso mesmo, há muito que uma eleição presidencial não importava tanto para o futuro dos polacos como a deste domingo.
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