Nove dias bastaram para que a Wirecard passasse de orgulho na Alemanha a uma das maiores vergonhas financeiras desde o pós-guerra. Estrela na bolsa de Frankfurt, esta sociedade financeira – que tinha uma licença bancária na Alemanha e actuava em todo o mundo como intermediário em pagamentos electrónicos e com cartões – é agora uma empresa falida e sob investigação. Deixa credores a arder com 3500 milhões de euros em dívidas, há um gestor desaparecido, outro em liberdade condicional e um buraco nas contas de dois mil milhões de euros, dinheiro que se pensava ter desaparecido, mas que, afinal, pode nunca ter existido. Os políticos dramatizam, prometendo reformas. Para quê ter saudades do cinema, quando a realidade o torna obsoleto?
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