Ana Mântua vai dirigir o Museu Nacional de Soares dos Reis

Historiadora de arte foi anteriormente coordenadora da Casa-Museu Anastácio Gonçalves, em Lisboa. No museu portuense, vai suceder a Maria João Vasconcelos, em regime de substituição.

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Ana Mântua DR

A historiadora de arte Ana Mântua, antiga coordenadora da Casa-Museu Anastácio Gonçalves, em Lisboa, vai assumir a direcção do Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, anunciou esta terça-feira a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC). Em comunicado, a DGPC realça que a nomeação é feita em regime de substituição até estar terminado o concurso público internacional para o cargo, recentemente aberto.

Ana Mântua substitui Maria João Vasconcelos, que esteve à frente do museu desde 2006 e agora se aposentou.

Segundo a biografia disponibilizada pela DGPC, Ana Mântua é licenciada em História da Arte, tendo uma pós-graduação em Gestão das Artes e mestrado em Arte, Património e Restauro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Desde 2013, coordenou a Casa-Museu Anastácio Gonçalves, “onde exerceu funções inerentes à sua gestão, nomeadamente programação cultural e comissariado de exposições, reprogramação museológica da colecção permanente e concepção do novo projecto museográfico, posto em prática nas obras de requalificação realizadas em 2018 e 2019”.

Ana Mântua esteve também ligada, como técnica superior, a instituições como o Mosteiro dos Jerónimos/Torre de Belém e o Museu Nacional do Azulejo. A DGPC realça que, em 2004, “enquanto técnica superior do antigo Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico, desenvolveu um projecto internacional de salvaguarda do património na Ilha de Moçambique”.

No final de Maio, foram abertos os concursos internacionais para selecção de nove direcções de museus e monumentos nacionais, no quadro do novo regime jurídico de autonomia de gestão, entre as quais a do Soares dos Reis. Primeiro museu público de arte do país, o Museu Nacional de Soares dos Reis foi fundado como Museu Portuense de Pinturas e Estampas, em 1833, com o objectivo de “recolher os bens confiscados aos conventos abandonados do Porto e aos extintos de fora do Porto (mosteiros de S. Martinho de Tibães e de Santa Cruz de Coimbra)”, como explica a página da instituição. O museu adquiriu o estatuto de nacional em 1932 e mudou-se para o Palácio dos Carrancas oito anos depois, onde permanece desde então.