CDS realiza primeiro conselho nacional após congresso no dia 28
Reunião pode ser o palco para se afirmarem os críticos da direcção de Francisco Rodrigues dos Santos.
O CDS-PP marcou para o próximo dia 28 de Junho, no domingo, em Ourém, o primeiro conselho nacional desde o congresso de Janeiro, com as eleições regionais dos Açores na agenda, entre outros pontos.
A reunião será o momento em que se poderão manifestar os descontentamentos com a liderança de Francisco Rodrigues dos Santos e expressar o desânimo com as sondagens que dão o CDS atrás do Chega. Até agora, não tem havido posições públicas de insatisfação face à actuação da nova direcção nacional, que foi eleita em Janeiro e que substituiu a equipa de Assunção Cristas e muitas das principais figuras do ‘portismo’. Perante a perspectiva de os críticos de Francisco Rodrigues dos Santos se assumirem neste conselho nacional, uma fonte da direcção prometeu, em declarações ao Expresso, dar luta, usando a frase: “Vão ser tosquiados”.
O líder do CDS-PP assegurou, em entrevista ao PÚBLICO e à Rádio Renascença, ser sua intenção congregar as várias sensibilidades do partido e que sinal dessa intenção é a constituição de um grupo de trabalho em que estão António Pires de Lima, António Lobo Xavier e Luís Nobre Guedes, entre outros, para apresentar propostas de relançamento da economia. O ex-ministro da Economia, que era apoiante do então candidato João Almeida, assumiu críticas no congresso a Francisco Rodrigues dos Santos e foi apupado por isso.
Os conselheiros nacionais, que vão reunir-se no centro de exposições de Ourém, têm na agenda seis pontos, entre os quais está a proposta de constituição de coligações para as eleições regionais dos Açores marcadas para Outubro. Constam ainda questões decorrentes do congresso, como a discussão das moções sectoriais e a eleição de elementos para vários órgãos nacionais. A ordem de trabalhos prevê também a discussão de propostas de alteração do regulamento eleitoral interno bem como a apresentação das contas anuais do partido relativas a 2019, além da análise da situação política.