António Costa sobre Liga dos Campeões em Lisboa: “É uma vitória antecipada de todos os portugueses”
O primeiro-ministro português destacou o papel de Fernando Gomes na atribuição da fase final da Liga dos Campeões a Lisboa. Presidente da FPF prometeu ao Porto final europeia até 2026.
Depois de ter passado o dia na Assembleia da República para a discussão e aprovação do Orçamento Suplementar, António Costa deu uma escapadinha de final de tarde até ao Palácio de Belém para falar da atribuição a Lisboa da organização da fase final da Liga dos Campeões da presente temporada, considerando-a uma vitória de todos os portugueses e, em particular, de Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
“É uma vitória antecipada de todos os portugueses. Demonstraram uma capacidade extraordinária de resistir e ultrapassar esta pandemia. Permitiram diferenciar Portugal e permitiram controlar a pandemia”, declarou o primeiro-ministro, reforçando que esta organização reforçou o estatuto de Portugal no mundo e é um sinal de que as coisas foram bem-feitas no combate à covid-19.
“O nosso Serviço Nacional de Saúde é robusto. Nunca tivemos uma taxa de ocupação superior a 60 por cento nos cuidados intensivos. Tenho de agradecer aos profissionais de saúde e a todos os portugueses. Portugal é um destino seguro, para quem quer viver, trabalhar, fazer turismo e investir. É muito importante o esforço que todo o pais está a fazer para recuperar a economia ao mesmo tempo que combatemos a pandemia”, reforçou António Costa, que deixou ainda elogios ao líder da FPF pelo papel que desempenhou neste processo: “Elogio o mérito, a competência, o prestígio, o empenho e a capacidade diplomática ao longo deste processo.”
Logo a seguir a António Costa, e como manda o protocolo, Marcelo Rebelo de Sousa fechou os discursos de fim de tarde em Belém frisando a natureza excepcional da atribuição da maior competição de clubes da UEFA a uma organização portuguesa.
“Esta não é mais uma final da Champions, é um caso único e irrepetível, pelo momento que estamos a viver. Não conhecemos uma pandemia semelhante a esta nos ultimos 100 anos e que ainda estamos a viver. Nada é comparável com o fechamento de fronteiras, a paragem do comércio, e é neste clima que se realiza a fase final em Lisboa, num momento em que todos os países disputam o regresso do turismo internacional. Ser a marca Portugal aquela que vence e aquela que se vai afirmar em Agosto não tem preço”, frisou o Presidente da República.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, a decisão da UEFA só foi possível devido à forma como os portugueses, governo e população, lidaram com a pandemia da covid-19: “Portugal tem autoridade moral pela forma como conduzimos o combate à pandemia e pela forma transparente como continuamos a combater. Não escondemos que continuamos a testar mais e que isso significa determinados valores, mostrámos tudo isto ao mundo. Não paramos a epidemia de um momento para o outro, isso não acontece em nenhum país do mundo e há países que estão a viver a realidade da epidemia novamente. Pelos méritos passados e pelo presente, os portugueses perceberam a fase difícil e aceitaram a dupla renovação do estado de emergência. Os portugueses merecem o que vão ter em Agosto.”
Marcelo também deixou elogios a Fernando Gomes, que considera ter sido o grande responsável pela decisão final da UEFA: “Esta é uma vitória de Portugal, mas também uma vitória pessoa do Fernando Gomes. Sabemos como ele tem um prestígio, uma admiração e um respeito que valem um corpo de diplomatas.”
Numa cerimónia que contou com vários membros do Governo, de Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, e de Frederico Varandas, presidente do Sporting, Fernando Gomes foi o primeiro a discursar para disparar elogios em várias direcções: portugueses, clubes, Governo, Presidente da República, Lisboa e Porto pela organização da final four da Liga das Nações e a quem prometeu uma final europeia até 2026. E deixou uma garantia. “Dias como este acontecerão mais vezes.”
A seguir a Fernando Gomes, falou Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e destacou a projecção internacional que a cidade irá ter com a organização deste evento: “Numa crise sem precedentes, ter em Lisboa o maior evento desportivo com centenas de milhões de espectadores a seguir o nome de Lisboa e Portugal tem uma importância sem limites.”