Bob Dylan a disparar flashes na escuridão
Rough and Rowdy Ways, que vai ser editado sexta-feira, é um imenso e complexo fresco da cultura popular do século XX, é uma visão labiríntica do nosso presente turbulento, com sombras ameaçadoras no horizonte. Magnífico.
Há 23 anos, em 1997, já ele nos avisava: “it’s not dark yet, but it’s getting there”. Foi em Not dark yet, uma das mais emblemáticas canções de Time Out Of Mind, o álbum que anunciou o renascimento criativo de Dylan depois dos atalhos em busca de si próprio que lhe haviam ocupado a década anterior. Foi dali, daquele álbum de confronto com a sua própria mortalidade, que saiu este Dylan que agora reecontramos em Rough and Rowdy Ways, editado oito anos depois do último disco de originais, Tempest — e que nos chega depois de três álbuns em que se dedicou a revisitar o cancioneiro americano, maioritariamente o cantado por Sinatra.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.