Menos por provincianismo do que por um complexo de inferioridade periférica, exacerbado pelas décadas de abandono internacional do país, em Portugal sempre apreciámos, e até coleccionámos, as notas de existência que o cinema estrangeiro foi dando sobre nós. Hoje é diferente, por tantas razões, mas durante muito tempo não havia assim tanto para assinalar: nos anos 50, Os Amantes do Tejo de Verneuil a apresentar Amália aos franceses, ou o Lisbon de Ray Milland a tentar fazer da capital uma Casablanca da Guerra Fria, na década seguinte aquele obscuro 007 ou as cenas da Peau Douce de Truffaut filmadas numa Lisboa já do “cinema novo”. Mais uns quantos, mas poucos mais.
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