Lisboa e Porto empatadas como as melhores universidades nacionais no ranking QS

Ambas as instituições ocupam a 357.ª posição a nível global na lista elaborada desde 2012 pela empresa de consultoria britânica Quacquarelli Symonds. Portugal tem sete universidades entre as 1000 elencadas.

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paulo pimenta

A Universidade de Lisboa (UL) e a Universidade do Porto (UP) surgem empatadas como as melhores representantes nacionais no Ranking Mundial de Universidades QS, que é divulgado esta quarta-feira. Estão ambas na 357.ª posição a nível global, tendo melhorado sobretudo nos seus indicadores científicos. Esta lista, que é elaborada desde 2012 pela empresa de consultoria britânica Quacquarelli Symonds (QS), volta a ter as mesmas sete universidades portuguesas e apenas uma outra alteração significativa, com a subida de mais de 50 posições da Universidade do Minho.

No ano passado, a Universidade de Lisboa tinha destronado a Universidade do Porto como melhor representante nacional neste ranking, que tem 1000 instituições de todo o mundo. Este ano, surgem ambas empatadas na 357.ª posição. Isto significa uma quebra ligeira em relação ao ano anterior para ambas – a UL era a 338.ª e a UP a 353.ª. A QS destaca que as duas instituições melhoraram em vários indicadores, com destaque para o “desempenho do impacto da investigação”.

É neste indicador – medido pelo número de citações em revistas científicas de grande impacto por cada professor da instituição – que a generalidade das universidades nacionais tem melhores resultados. A Universidade de Aveiro é a mais reconhecida a nível global, classificando-se na 158.ª posição.

Os resultados das instituições nacionais são conseguidos “à custa de uma dedicação muito grande dos docentes, apesar de todas as dificuldades que enfrentam”, valoriza o reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira. As universidades nacionais estão a conseguir competir com outras instituições e países onde há “investimentos maciços” nos últimos anos, que contrastam com um cenário de dificuldades de financiamento que “na prática se arrasta há dez anos” em Portugal, prossegue o mesmo responsável. “Esse é um facto digno de nota”, sublinha.

O indicador em que as universidades de Lisboa e do Porto têm melhores resultados é a reputação académica, que é calculada com base em 102 mil inquéritos aplicados em todo o mundo. Posicionam-se ambas entre as 250 melhores globalmente.

A listagem da QS avalia cinco parâmetros: reputação académica, que vale 40% da cotação global; reputação entre os empregadores (10%); citações académicas por investigador (20%); rácio professores/alunos (20%); proporção de estudantes ou professores internacionais (5% cada).

As diferentes instituições nacionais destacam-se nestes indicadores. A Universidade Nova de Lisboa é a que tem melhor na reputação junto dos empregadores (373.ª a nível mundial), a Universidade do Minho tem o melhor rácio entre professores e alunos (369.ª globalmente) e a Universidade de Coimbra destaca-se pela maior presença de estudantes internacionais (287.ª).

Em termos globais, há duas universidades portuguesas, além das de Lisboa e Porto, entre as 500 melhores. São a Universidade Nova (428.ª) e a Universidade de Coimbra (431.ª).

A partir da 500.ª posição o ranking QS é apresentado em grandes intervalos. A Universidade de Aveiro está entre os lugares 581 e 590 e a Universidade Católica Portuguesa de Lisboa está último patamar da lista, entre a 801.ª e a 1000.ª posição. O destaque vai para a Universidade do Minho que saltou do intervalo 651-700 para uma posição entre as 600 melhores do mundo. Ou seja, subiu pelo menos 50 posições.

A nível global, a lista da QS praticamente não sofre mexidas em relação ao ano passado. Entre as cinco instituições melhor posicionadas há apenas uma alteração, a subida do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos EUA, à 4.ª posição por troca com a Universidade de Oxford, no Reino Unido. Os três primeiros lugares deste ranking continuam a ser ocupados pelas mesmas instituições, todas norte-americanas. Lidera, pelo nono ano consecutivo, o Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT), seguindo-se a Universidade de Stanford e a Universidade de Harvard.

Nos dez primeiros lugares há apenas uma instituição que não tem sede nos EUA ou no Reino Unido, é o Instituto Federal de Tecnologia da Suíça ETH Zurique, que ocupa a 6.ª posição. Logo abaixo do top-10 do ranking QS surge a primeira representante asiática, a Universidade Nacional de Singapura, que mantém a mesma classificação face à edição anterior.

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