Papa condena racismo e violência nos Estados Unidos

Durante as saudações aos fiéis de língua inglesa, nesta quarta-feira, o Papa Francisco declarou que estava a acompanhar “com grande preocupação as dolorosas perturbações que estão a acontecer nos Estados Unidos”, depois da trágica morte de George Floyd.

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Missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, no fim de Maio Reuters/REMO CASILLI

O Papa Francisco mostrou-se preocupado com a situação nos Estados Unidos após a morte de George Floyd e afirmou que o racismo não pode ser tolerado, bem como os episódios de violência naquele país.

Durante as saudações aos fiéis de língua inglesa, nesta quarta-feira, o Papa Francisco declarou que estava a acompanhar “com grande preocupação as dolorosas perturbações que estão a acontecer nos Estados Unidos, depois da trágica morte de George Floyd. “Queridos amigos, não podemos tolerar ou fechar os olhos a qualquer tipo de racismo ou exclusão”, disse Francisco, acrescentando que “o racismo é um pecado”.

Para o Papa, “a violência das últimas noites é autodestrutiva” e “nada se ganha e muito se perde”. O Papa uniu-se à Igreja de São Paulo e Minneapolis, nos Estados Unidos em oração “pela alma de George Floyd e todos os outros que perderam a vida por causa do pecado do racismo”. “Ore pelo consolo de famílias e amigos com o coração partido e pela reconciliação nacional e paz pela qual ansiamos. Que Nossa Senhora de Guadalupe, Mãe da América, interceda por todos aqueles que trabalham pela paz e justiça na sua terra e no mundo “, acrescentou.

George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu na noite de segunda-feira em Minneapolis, após uma intervenção policial violenta, cujas imagens foram divulgadas através da internet.

Floyd foi detido por suspeita de ter tentado pagar com uma nota falsa de 20 dólares num supermercado. Num vídeo filmado por transeuntes e divulgado nas redes sociais, é possível ver um dos agentes pressionar o pescoço de Floyd com o joelho durante vários minutos.

Desde então, várias cidades norte-americanas, incluindo Washington e Nova Iorque, e outros locais na Europa, têm sido palco de manifestações, com os protestos a resultarem frequentemente em confrontos com a polícia.