EUA
As últimas palavras de vítimas que, como George Floyd, morreram às mãos do racismo
As últimas palavras de George Floyd ecoaram pelo mundo e continuam a ser repetidas em manifestações por diversas cidades nos Estados Unidos: "Não consigo respirar", disse, enquanto Derek Chauvin lhe pressionava o pescoço com o joelho. A morte do homem de 46 anos em Mineápolis acendeu um país sufocado pelo racismo e relembrou outras situações semelhantes, também provocadas às mãos de polícias. E foi motivo para Shirin Barghi acrescentar uma imagem à série #LastWords, que ilustra as últimas palavras de pessoas afro-americanas mortas por agentes de autoridade ou por motivos raciais.
"Criei estas imagens para chamar a atenção para a violência policial racista na América, e como uma expressão da minha solidariedade", escreveu a jornalista e realizadora num tweet, em 2014. "Também testemunhei brutalidade policial no Irão [onde nasceu], e a dificuldade que existe aqui [na América] para confrontar essa violência ressoou em mim."
Eternizou, assim, os nomes e as últimas palavras das vítimas. Teve conhecimento delas através de testemunhas que as ouviram ou de familiares que presenciaram o momento. Agora, com a morte de Floyd, Shirin partilhou uma nova imagem no Facebook. A lista continua a crescer. Até quando?