Milhares de pessoas protestam em Londres e Berlim contra violência policial nos EUA
Nas redes sociais os grupos mobilizam-se para mais protestos durante a semana em cidades europeias. “Justiça para Geoege Floyd” e “Párem de nos matar” foram as palavras de ordem.
Milhares de pessoas manifestaram-se neste domingo no centro de Londres e de Berlim para condenar a violência policial nos Estados Unidos, após a morte do afro-americano George Floyd.
Já no sábado tinha havido protestos em Berlim (Alemanha) e Toronto (Canadá).
Neste domingo, os manifestantes em Londres juntaram-se em Trafalgar Square, junto ao parlamento e perto da embaixada dos Estados Unidos. Em Trafalgar, ouvira-se palavras de ordem como “Sem justiça não há paz”.
Ignorando a covid-19, e as regras de distanciamento, os manifestantes empunharam cartazes com frases como “Black Lives Matter" (A vida dos negros importa) e “ I can't breath" “Não consigo respirar”, as últimas palavras de George Floyd, morto na segunda-feira passada por um polícia na cidade de Minneapólis, nos Estados Unidos.
A reverando Sally Hitchiner, da igreja St. Martin-in-the-Fields, em Trafalgar Square, disse à BBC que podia ver os manifestantes. “Estou solidária com a questão mas também surpreendida por ver a força das emoções que juntaram aqui estas pessoas”. “Claramente não estão a cumprir o isolamento e o distanciamento social, mas creio que há aqui muita paixão e isso está a sobrepor-se as outras preocupações”.
“Este é um problema que requer paixão, mas um risco elevado no que estão à fazer”, acrescentou a reverendo.
A polícia acompanhou a marcha dos manifestantes, que foram aplaudidos no seu percurso por muitas pessoas.
Várias centenas de pessoas juntaram-se em frente à embaixada dos EUA em Berlim, na Alemanha, com cartazes a dizer “Justiça para George Floyd” e “Párem de nos matar”.
Nas redes sociais multiplica-se as convocatórias para novos protestos contra a violência policial nos EUA e pela morte de Floyd a partir de segunda-feira - Bruxelas é uma delas.
Nos Estados Unidos, os protestos duram desde segunda-feira à noite em várias cidades norte-americanas, com a mobilização para os deter de um pesado aparato policial e militar.
George Floyd, de 46 anos, foi interpelado pela polícia na passada segunda-feira, por suspeita de ter usado um anota de 20 dólares falsa. Para o imobilizar no chão, um polícia pôs um joelho sobre o seu pescoço - “não consigo respirar”, diz Floyd que morreu ao chegar ao hospital.
Os polícias foram despedidos e um deles, Derek Chauvin, foi acusado de homicídio.