Covid-19: Trump adia cimeira do G7 e diz que vai convidar outros países

Presidente falou na Austrália, Rússia, Coreia do Sul e Índia. “O G7 não representa correctamente o que se passa no mundo”, disse Trump

Foto
Donald Trump EPA

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adiou a cimeira do G7 que queria realizar em Junho, e disse pretender aumentar a lista de países convidados para, eventualmente, incluir a Austrália, a Rússia, a Coreia do Sul e a Índia.

Na origem do adiamento - o segundo, a primeira data prevista era em Março - está a pandemia da covid-19. Mas ao justificar a decisão Trump deu outra explicação. “Estou a adiar porque sinto que o G7 não representa correctamente o que se passa no mundo. É um grupo de países muito ultrapassado”, disse Donald Trump aos jornalistas, no sábado à noite, a bordo do avião Air Force One.

Segundo a Casa Branca, o Presidente francês, Emmanuel Macron, tinha apoiado a ideia de a cimeira se realizar, mas o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, não concordou por se levantarem questões de saúde pública. E no sábado a chanceler alemã, Angela Merkel, confirmou que não ia participar.

Os dirigentes do G7, presidido este ano pelos Estados Unidos, tinham previsto poder reunir-se por vídeo-conferência no final de Junho. Mas Trump insistiu numa cimeira nos moldes habituais e, segundo a Casa Branca, queria que a China fosse o tema dominante das discussões.

Na semana passada, Trump disse que podia organizar a cimeira “na Casa Branca, mas também, na residência presidencial em Camp David”.

O G7 junta os países mais industrializados do mundo, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

Não foi marcada ainda uma data para o encontro, mas a Casa Branca fala em Setembro, antes da Assembleia Geral das Nações Unidas, ou depois das presidenciais nos EUA, em Novembro.

O jornal The Guardian diz que Trump não explicou se a sua vontade de ter outros países convidados significa que vai defender o alargamento do grupo de forma permanente. O Presidente dos Estados Unidos já, por diversas vezes, falou no regresso da Rússia, devido à sua importância estratégica. 

A Rússia foi expulsa do grupo quando Barack Obama era Presidente dos EUA e depois de anexar a Crimeia. 

Sugerir correcção