Fórmula 1 regressa na Áustria a 5 de Julho com regras apertadas
O Governo austríaco deu autorização para que se realize duas corridas do Mundial em Spielberg sem espectadores.
Depois de encostarem às boxes durante quase quatro meses devido à pandemia da covid-19, os carros de Fórmula 1 vão regressar às pistas a 5 de Julho. O Governo da Áustria deu ontem autorização para que se realizem as duas primeiras corridas do Campeonato do Mundo no circuito Red Bull Ring, em Spielberg, sem a presença de espectadores e com regras apertadas, que podem resultar na ausência da habitual celebração com champanhe entre os pilotos no final da corrida. Os Grandes Prémios (GP) na Áustria deverão ser os dois primeiros de uma época que deverá terminar a 13 de Dezembro, em Abu Dhabi.
No final de Abril, Chase Carey, director executivo e presidente do Conselho de Administração do Formula One Management, tinha anunciado que antevia o “início das corridas na Europa em Julho, Agosto e início de Setembro” e que “a primeira será na Áustria”. Um mês depois, o Governo austríaco aprovou o início da temporada da F1 no seu país e o circuito Red Bull Ring, em Spielberg, vai receber as duas primeiras corridas, que se vão disputar em fins-de-semana consecutivos (5 e 12 de julho) sem público.
Em comunicado, Rudolf Anschober, ministro da Saúde austríaco, informou que “depois de uma revisão detalhada por parte de especialistas”, estão cumpridos os “requisitos para prevenir a propagação do novo coronavírus”.
A anuência das autoridades para a realização das provas de F1 na Áustria, dependia de uma proposta detalhada por parte dos organizadores sobre como seria realizada a competição, minimizando as possibilidades de contágio. E, do plano apresentado, constam “rígidas medidas de higiene, testes periódicos e controlos de saúde para as equipas e todos os demais funcionários”, que participem da organização dos Grandes Prémios.
Assim, a Fórmula 1 pós-pandemia será diferente e Christian Horner, director da Red Bull Racing, explicou que entre as medidas previstas constam, por exemplo, que as equipas, que não podem exceder as 80 pessoas, devem viajar em voos charter que vão aterrar na base área localizada próximo do Red Bull Ring. Horner alertou ainda que durante a competição, as diferentes “equipas no terreno não podem interagir” e, embora ainda não haja confirmação oficial, é provável que não se realize a celebração com champanhe entre os pilotos no final da corrida, tradição iniciada por Dan Gurney, nas 24 horas de Le Mans, em 1967.
“Será um tipo de vida diferente da que estamos acostumados, mas os directores desportivos das equipas dedicaram tempo a rever tudo, garantido que todos os procedimentos correctos estejam em vigor”, acrescentou Horner.
A temporada 2020 do Mundial de F1 deveria ter começado na Austrália, em Março, e já foram cancelados quatro corridas: Austrália, França, Mónaco e Países Baixos. Os organizadores da competição esperam que será possível realizar entre 15 e 18 corridas neste ano e, após as duas provas em Spielberg, deverá seguir-se o GP da Alemanha. Estão, também, a ser preparadas duas corridas em Silverstone, na Grã-Bretanha, em Julho e Agosto, antes do GP da Hungria, a 9 de Agosto.