Nos palcos de Noé Sendas, contemplamos as ruínas do glamour
Artista para quem o processo de construção pode ser uma eterna valsa, Noé Sendas apresentou, recentemente, um livro, Vanishing Acts e uma exposição Invalid Passwords. Onde descobrimos as variações, as inflexões, as micro-rupturas que têm conduzido o seu fazer. Entre linguagens, imagens e viagens.
Ao fim de vários anos em Madrid e em Berlim, o artista Noé Sendas (Bruxelas, 1972), está em Lisboa por tempo indeterminado, devido às fortes restrições nas viagens entre países. Apesar da fina angústia destes dias, assinale-se a coincidência do momento. No Centro de Artes Visuais, em Coimbra, reabriu Invalid Passwords, exposição de carácter antológico do seu trabalho, comissariada por Ana Anacleto, e um livro de imagens fotográficas, Vanishing Acts, com a edição de João Silvério, foi publicado pela SKIRA, com distribuição internacional pela Thames & Hudson. Ensejo para o reencontro com um artista que gosta de criar desajustes, de provocar imagens dentro de imagens. E cujo percurso se foi construindo fora de Portugal, não obstante a visibilidade que continuou a ter entre nós (neste domínio mencione-se o inestimável contributo das galerias Carlos Carvalho, Miguel Nabinho e Presença).
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.