Yoko Ono e o jardim do bem e do mal
Yoko Ono: o jardim da aprendizagem da liberdade é o título da exposição panorâmica que o Museu de Serralves inaugura este sábado, iluminando uma obra que a relação da artista com John Lennon ofuscou. “É uma grande artista avant-garde”, defende Philippe Vergne, director do museu e comissário da mostra, que poderá ser vista até 15 de Novembro.
Dois meses e uma pandemia depois, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves (MACS) inaugura finalmente este sábado a primeira exposição panorâmica no país da obra de Yoko Ono (Tóquio, 1933). E, após uma primeira visita a Yoko Ono: o jardim da aprendizagem da liberdade, ainda em montagem, é incontornável começar por falar da sala em que a artista nos confronta violentamente com os tempos que estamos a viver, bem longe do estado zen enunciado no título: no piso térreo do museu, cem caixões de pinho geometricamente alinhados transportam-nos para a crua agenda noticiosa actual, a dos enterros anónimos de vítimas da covid-19 em valas improvisadas na terra de ninguém, por exemplo no Brasil.
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