Funcionários dos equipamentos culturais devem ter formação para “reconhecer sintomas da covid-19”
Direcção-Geral de Saúde incluiu a recomendação nas suas orientações para a reabertura de auditórios, cinemas e salas de espectáculos, prevista para a próxima segunda-feira.
Os funcionários dos equipamentos culturais, que têm autorização do Governo para reabrir a 1 de Junho, deverão ter “conhecimento, formação e treino para reconhecer sinais e sintomas compatíveis com a covid-19”, recomenda a Direcção-Geral de Saúde (DGS).
Auditórios, cinemas e salas de espectáculos devem, especifica a DGS, elaborar “um plano de contingência com a definição de uma área de isolamento e dos circuitos para chegar e sair da mesma, bem como os procedimentos a adoptar perante um caso suspeito”.
A colocação de dispensadores de solução anti-séptica à base de álcool em diversos pontos dos equipamentos culturais, de fácil acesso aos utilizadores e aos colaboradores, é outra das indicações que a DGS emitiu na noite de quinta-feira, a que se junta a recomendação de afixação de cartazes ou outros materiais informativos em vários locais bem visíveis, para que os utilizadores dos espaços possam ser informados das medidas de prevenção e controlo da transmissão da covid-19.
Se for detectado um caso suspeito, de acordo com os sinais e sintomas fixados pelas normas da DGS, este deve ser encaminhado por um só colaborador para a área de isolamento através dos circuitos definidos no plano de contingência, sempre usando máscara. Na área de isolamento, deve ser contactado o SNS 24, dando cumprimento às indicações recebidas. Simultaneamente, devem ser cumpridos os procedimentos definidos no plano de contingência e, se aplicável, os procedimentos de limpeza e desinfecção.
As orientações que a DGS divulgou na quinta-feira completam as regras de funcionamento dos equipamentos culturais que foram divulgadas pelo Ministério da Cultura a menos de uma semana da projectada reabertura. Várias entidades representativas do sector artístico e cultural protestaram já contra a demora na definição destas orientações e alertaram a tutela para omissões no que diz respeito, por exemplo, às medidas de protecção para os intérpretes.
Os custos extraordinários que a adaptação às novas regras poderá acarretar, assim como a perda de rentabilidade associada à drástica redução da lotação das salas e as previsíveis dificuldades de captação de público no contexto de pandemia, ameaçam comprometer a retoma do sector, avisam estas estruturas.