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Uma enchente nas praias da Costa da Caparica para aproveitar um domingo de sol
Mal começa a patrulha, Pedro Almeida faz logo o reparo: “No ano passado, por esta altura, as praias não estavam assim.” Segundo as contas deste agente da Polícia Marítima do posto da Costa da Caparica, passaram pelas praias desta zona balnear, entre as da frente urbana e a da Fonte da Telha, mais de 180 mil pessoas, entre as 9h e as 19h deste domingo. Essa é a estimativa que ficou registada no relatório oficial daquela polícia. São mais do que no sábado, analisa o agente. E a época balnear apenas arranca a 6 de Junho.
Não sabe se a afluência se justifica pelas temperaturas de Verão que se fizeram sentir este fim-de-semana, se pela “necessidade” que as pessoas tiveram de ir espairecer, depois de dois longos meses de confinamento. “Estas praias da frente urbana, como param aqui aos autocarros, estão sempre cheias”, repara o agente, que percorre aqueles areais há três anos — mas conta 20 na profissão.
Pedro Almeida, com mais um colega, tem a missão de controlar cerca de 20 quilómetros de praias. Já tinham percorrido cerca de 30 quilómetros, até à Fonte da Telha e regressado. Por volta das 16h, partiram para nova ronda.
“Isto é o nosso dia-a-dia. Vê-se muito mais gente nas praias”, diz o agente a bordo da viatura todo-o-terreno com que percorre o areal. Há pessoas a fazer um piquenique no paredão. Outras a passear e muitas debaixo do guarda-sol. Também o primeiro-ministro, António Costa, esteve a banhos na praia da Princesa, na manhã deste domingo.
Este fim-de-semana, centenas de operacionais do dispositivo da Autoridade Nacional Marítima (ANM), elementos das capitanias, Instituto de Socorros a Náufragos e Polícia Marítima, estiveram a vigiar as praias, numa acção de “prevenção e de sensibilização” para as boas práticas de distanciamento social, devido à pandemia de covid-19, mas também para evitar outros comportamentos de risco.