Nicarágua: um regime que prefere matar a morrer

O sandinismo, que há muito se enganou de rumo, perdeu as referências, viola os direitos humanos e parece jogar a sua sobrevivência apostando na pandemia de covid-19. A Fundação Arias fala num “genocídio induzido por uma negligência criminal”. Projecções prevêem 265 mil mortos.

Funcionários preparam caixões na oficina de uma funerária em Manágua
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Funcionários preparam caixões na oficina de uma funerária em Manágua OSWALDO RIVAS/Reuters
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Rapaz vende folhas de eucalipso em Manágua, consideradas localmente um remédio para a covid-19 LUSA/Jorge Torres
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O Presidente Daniel Ortega Reuters/OSWALDO RIVAS
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Nicaraguenses protestam na Costa Rica LUSA/Jeffrey Arguedas

Dionisio “Nicho” Marenco morreu na terça-feira com problemas respiratórios. Tinha 73 anos e estava afastado da política activa desde que deixou de ser presidente da câmara de Manágua em 2008. A sua morte é um exemplo de como o Governo de Daniel Ortega e Rosario Murillo se afastou tanto dos ideais sandinistas que figuras chave da história política da Nicarágua como Marenco morrem de forma mais discreta do que mereciam.

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