Caso Valentina: duas irmãs fizeram exames no Instituto de Medicina Legal para avaliar possíveis maus-tratos

Autoridades querem perceber se as meninas também eram ou não vítimas de maus-tratos. Uma com quatro anos e a outra com sete meses estão à guarda de tios paternos, que já disseram não ter condições financeiras para ficar com elas.

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As meninas são filhas de Márcia e de Sandro, madrasta e pai de Valentina. Nuno Ferreira Santos

As duas meias-irmãs de Valentina, uma com quatro anos e a outra com sete meses, foram recentemente avaliadas no Instituto de Medicina Legal (IML) com o objectivo de se verificar se foram vítimas de maus-tratos, noticiou esta quinta-feira o Correio da Manhã.

Ao que o PÚBLICO apurou, ainda não há resultados desses exames médicos, mas quando crianças foram retiradas aos pais – no dia da detenção de Sandro e Márcia por suspeita de estarem envolvidos na morte de Valentina de nove anos – não tinham sinais de maus-tratos.

Quanto ao filho de Márcia, que tem 12 anos e estava em casa no dia em que a morte terá ocorrido, a possibilidade de ter sofrido maus-tratos foi logo afastada quando prestou depoimento para memória futura junto de um juiz. O menor está a viver com o pai.

Esta avaliação é enquadrada ainda no âmbito da investigação da Polícia Judiciária à morte de Valentina, no âmbito da qual estão em prisão preventiva o pai, Sandro Bernardo, e a madrasta, Márcia Bernardo.

O futuro das irmãs ainda é incerto. Para já as meninas estão à guarda de tios paternos, mas estes já informaram a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) que não teriam condições financeiras para ficar com as crianças.

Um tio que vive na Suíça já terá demonstrado interesse em ficar com as crianças.

Se não for possível ficarem com familiares, as crianças terão de ficar à guarda de uma instituição.

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