Costa apela ao regresso à rua em visita ao Chiado

Fernando Medina anunciou que a Câmara de Lisboa acordou com as Juntas de Fregesia a isenção de taxas até ao fim do ano para as esplanadas.

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LUSA/TIAGO PETINGA

Na sexta-feira da semana passada foi a visita ao epicentro comercial do Porto, na companhia de Rui Moreira. Na manhã deste sábado, acompanhado pela mulher e pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, o primeiro-ministro passeou pelas ruas do Chiado. “Temos de voltar a ir à rua”, apelou António Costa.

“Fomos determinados ao ficar em casa para combater a pandemia e temos tido sucesso. Temos de dar o passo seguinte, temos de voltar a ir à rua de uma nova forma e com os cuidados que temos de ter”, apelou.

Não foi só por uma vez que, em declarações aos jornalistas após um passeio de hora e meia, que o primeiro-ministro fez este apelo. “O apelo que faço é de com segurança e cautelas regressem à rua”, repetiu.

“Encontrei um senhor que me disse que, há 46 anos, não vinha à baixa, esta é a oportunidade que temos para continuar a sair, não nos deixámos vencer pelo vírus e, agora, temos de ajudar todo o comércio”, insistiu uma vez mais.

Do que viu num périplo que incluiu uma passagem pela Igreja do Sacramento e visita a vários estabelecimentos comerciais, António Costa tirou conclusões positivas. “Quero deixar uma palavra de alento e agradecimento aos comerciantes, pelo enorme sacrifício que têm feito”, disse, a 48 horas de, nesta segunda-feira, se iniciar mais uma etapa do processo de desconfinamento.

“Os estabelecimentos estão prontos para vos receber com segurança”, garantiu, referindo-se às medidas previstas. Da limitação das lotações, ao gel desinfectante à entrada e ao uso de máscaras.

“Se os comerciantes venderem, os empregos são defendidos, não estamos na situação do grande crescimento de Fevereiro passado, há empregos, rendimentos e comércios a manter”, referiu Costa. “É nosso dever corresponder ao esforço dos comerciantes”, apelou.

O primeiro-ministro admitiu que foi mas fácil pôr as pessoas em casa do que as incentivar a sair. “é normal, em Março todos estávamos assustados, e a melhor forma foi o confinamento”, reconheceu.

“As pessoas sabem que o vírus anda por aí, que não há vacina, que não há cura, mas se todos nos respeitarmos uns aos outros, podemos retomar em segurança”, garantiu. Neste ponto, Costa destacou o comportamento dos cidadãos. “O civismo dos portugueses tem sido a chave no combate à pandemia, é com esse civismo que podemos retomar a nossa vida em segurança”, precisou.

O trajecto da visita ao Chiado recordou as habituais arruadas das campanhas eleitorais. O primeiro-ministro e secretário-geral do PS foi cauto se o figurino tradicional da propaganda, com acções de rua, regressa, já, nas eleições presidenciais de Janeiros próximo.

“Não há campanhas eleitorais como as antigas, só nas municipais de Outubro de 2021”, alvitrou.

Por seu lado, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, aproveitou a visita para fazer um anúncio, importante para o sector da restauração.

“A Câmara Municipal de Lisboa, em colaboração com as Juntas de Freguesia, vai aprovar a isenção das taxas das esplanadas até ao fim do ano e o alargamento, desde quer possível, das suas áreas, é um sinal positivo de confiança aos comerciantes e à restauração”. revelou.

Sobre o que viu durante a visita, Medina foi peremptório. “Vimos lojas preparadas, o Chiado é o centro comercial da cidade de Lisboa, que está preparado para esta nova fase”, disse.

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