Carlos Costa considera que Centeno tem condições para o Banco de Portugal

Garante que o BdP tem uma máquina rejuvenescida, com competências e estruturação forte, e refere que são os políticos e definir as incompatibilidades.

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Carlos Costa admite que Centeno passa o exame para o Banco de Portugal LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, considera que o ministro das Finanças, Mário Centeno, tem as condições necessárias para o substituir à frente do banco central depois de terminar o seu mandato a 9 de Julho.

“Acho que tem todas as condições para ser um grande governador do Banco de Portugal”, disse Carlos Costa, referindo que o actual BdP é uma estrutura diferente da que Centeno conheceu antes de ir para o Governo de António Costa.

Vai receber uma máquina que está rejuvenescida, com muitas maiores competências, com uma estruturação muito forte, com um sentido de missão e um foco muito claro”, considera em entrevista ao Expresso, que o semanário divulgará na integra na próxima semana.

O actual governador não aborda a questão da incompatibilidade de Mário Centeno sair das Finanças e do Governo para liderar o BdP, sem cumprir um período de nojo. “Cabe aos agentes políticos saber o que é que consideram incompatível ou não”, argumenta.

Quanto à independência do futuro governador Centeno face ao poder político, Carlos Costa define a questão. “Depende da forma como a pessoa interpreta o mandato que lhe está atribuído”, enuncia.

E, depois, concretiza. “Não é uma questão genética, é uma questão de compreensão do mandato e de atitude”, assinala. “O ideal é olhar para o perfil do governador que se pretende e depois olhar numa perspectiva de 360 graus para as possibilidades de recrutamento ou de convite que existem e, em função disso, ponderar os perfis que estão em causa”, aconselha. 

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