Muitas camas e sem doentes: grande parte dos hospitais de campanha ficaram vazios
Em Março e no início de Abril, as imagens que chegavam a Portugal dos hospitais de Espanha e Itália, lotados e sem capacidade de resposta, pesaram na rapidez com que muitas autarquias avançaram para a instalação de hospitais de campanha.
Quando os responsáveis da Câmara do Porto pensaram em colocar o Pavilhão Rosa Mota ao serviço do ataque à pandemia da covid-19, a ideia inicial não era a de transformar o espaço num hospital de campanha. Em Março, quando as notícias da descoberta de vários idosos infectados em lares vieram a público, o município pensou em usar o espaço como local de acolhimento dos residentes dessas unidades de apoio, na eventualidade de se multiplicarem os casos. Mas, com os hospitais da cidade assoberbados com a primeira vaga de infectados, acordou-se que o mais necessário era um hospital de retaguarda. E este, a par com o de Ovar, acabou por ser dos poucos a ter, efectivamente, actividade clínica. A evolução favorável da pandemia levou a que a maior parte destas estruturas, montadas rapidamente por todo o país, não chegasse a ser utilizada.
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