Fotógrafo retrata a vulnerabilidade financeira dos empresários de diversões
Luís Mateus quer “dar a conhecer os problemas destes empresários, na maioria famílias, que estão sem rendimentos” por causa do cancelamento de festas, romarias e eventos.
Um fotógrafo profissional, natural de Pedrógão Grande, quer alertar para a situação de vulnerabilidade financeira dos empresários de diversões itinerantes, cuja actividade está paralisada devido à pandemia de covid-19. Luís Mateus pretende “dar a conhecer os problemas destes empresários, na maioria famílias, que estão sem rendimentos” por causa do cancelamento de festas, romarias e eventos.
“São pequenas empresas familiares que estão em dificuldades. As últimas feiras que fizeram foi em Outubro/Novembro”, recorda o fotógrafo, em declarações à agência Lusa, salientando que a actividade teria arrancado em Março, não fosse o surgimento da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
Para já, o site apresenta fotografias de empresários da região Centro, mas Luís Mateus quer estender o projecto para o Norte, publicando imagens das famílias dos empresários daquela zona. O objectivo “é alertar para a situação que estão a passar”, numa actividade que “arrisca mais de um ano de paragem”.
“É uma boa iniciativa, que tenta demonstrar as famílias destes sector em situação de inactividade”, sublinhou, por seu lado, o presidente a Associação Portuguesa de Empresas de Diversão (APED), Francisco Bernardo. O dirigente salienta que os empresários e as suas famílias estão a viver uma “situação dramática”, pelo que “todas as iniciativas são válidas para apoiar e dar visibilidade” ao panorama actual.
A APED tem reclamado medidas de apoio do Governo para “o período de carência” das empresas de diversão itinerantes devido à falta de meios de subsistência, tendo já reunido na semana passada com o secretário de Estado do Comércio, João Torres.
Segundo Francisco Bernardo, para esta quinta-feira, 14 de Maio, está agendada outra reunião, desta vez com o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, para debater a suspensão de impostos e taxas e a questão do IVA no sector. A APED, com sede em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, agrega cerca de 800 empresas, na sua maioria familiares, que dependem activamente da realização e organização de eventos (festas, feiras e romarias).