Um parque de estacionamento a ouvir Maria João, e a aplaudir com buzinadelas

A Fábrica Braço de Prata iniciou na noite de quarta-feira uma série de concertos drive-in. Dentro (e às vezes fora) dos seus carros, os espectadores escutaram a actuação de copo na mão e retribuíram com o que havia de mais sonoro – as buzinas.

iluminação pública
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O concerto de Maria João e João Farinha foi transmitido em tempo real de uma sala da Fábrica Braço de Prata para o parque de estacionamento MIGUEL MANSO
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Os músicos e os técnicos que asseguraram a transmissão do concerto ficaram isolados do público na Sala Nietzsche MIGUEL MANSO
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O consumo mínimo obrigatório, de cinco euros por concerto, promove a actividade do bar e da cozinha da Fábrica Braço de Prata MIGUEL MANSO
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A lotação do drive-in da Fábrica é de 27 carros por espectáculo MIGUEL MANSO
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Nuno Nabais, o director da Fábrica Braço de Prata MIGUEL MANSO
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Maria João já não actuava desde Dezembro: "Não me lembro de estar tanto tempo sem cantar para as pessoas" MIGUEL MANSO
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Sair ou não sair do carro foi uma das questões MIGUEL MANSO
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Nos bastidores do drive-in, há azáfama entre o pessoal de serviço MIGUEL MANSO
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A 13 de Maio, na Fábrica Braço de Prata, apareceu Maria João. Foi uma aparição não diante de pastorinhos, mas de uma plateia de condutores de automóveis, como anunciou Nuno Nabais, director da Fábrica e obreiro do primeiro concerto drive-in da temporada daquele espaço (onde prosseguirão a um ritmo quase diário). Seriam as palavras finais de um discurso centrado numa ideia de religião como sinónimo de pertença a uma comunidade – e numa crítica reiterada às decisões dos governos mundiais em tempos de pandemia. A 13 de Maio, portanto, o centro cultural da zona oriental lisboeta quis comemorar a reconstrução de um lugar de encontro, recriando também o modelo de relacionamento entre músicos e público.

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