Religião
Um 13 de Maio sem fiéis, mas cheio de fé
"Não queria ficar na história como responsável por um agravamento da pandemia a nível nacional”, disse o bispo de Leiria-Fátima. A Igreja manteve a decisão de realizar a cerimónia à porta fechada.
O bispo de Leira-Fátima, o cardeal D. António Marto, deixou claras, esta terça-feira, em conferência de imprensa, as razões pelas quais a Igreja Católica não aproveitou a abertura demonstrada pelo Governo para que a cerimónia admitisse a presença de peregrinos: “Não queria ficar na história como responsável por um agravamento da pandemia a nível nacional.” Este ano o 13 de Maio, em Fátima, será celebrado sem peregrinos pela primeira vez em mais de 100 anos.
A ministra da Saúde, Marta Temido, tinha admitido que seria possível a Igreja Católica celebrar o 13 de Maio desde que fossem seguidas as indicações da DGS. No entanto, a decisão tomada no início de Abril de a cerimónia ser à porta fechada manteve-se.
“Não podemos contar com a vossa presença física, mas gostaríamos de poder contar convosco. Porque não se peregrina só com os pés, mas também com o coração", afirmou o reitor do Santuário em comunicado no passado domingo, dia 10, apelando a que os fiéis acendam velas à janela. Deste modo será possível manter-se a celebração, em segurança, a partir de casa.