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DGS avaliará risco no futebol se número de casos positivos disparar

Directora-geral da Saúde, Graça Freitas, já reagiu à notícia dos três primeiros casos, verificados no plantel do Vitória de Guimarães.

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LUSA/ANTÓNIO COTRIM

Na sequência dos casos positivos verificados no Vitória de Guimarães, que divulgou em comunicado existirem três jogadores infectados, de acordo com os testes efectuados pelo clube à covid-19​, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou este domingo que, se os testes às equipas de futebol revelarem um número elevado de casos, terá de ser equacionada pelas autoridades “a avaliação de risco”.

“É uma situação muito complexa, conciliar o retorno da actividade do futebol com regras sanitárias e de segurança. É difícil definir linhas vermelhas. Se os testes feitos às equipas derem um número elevado de pessoas positivas, terá de ser equacionado pelas autoridades de saúde”, disse a directora-geral da Saúde, na conferência diária sobre a evolução pandemia, que decorreu em Lisboa.

Graça Freitas referiu que existem medidas preventivas e de testagem que estão “previstas e consensualizadas entre todos”. “De acordo com os resultados, está prevista a intervenção da autoridade de saúde. Qualquer decisão de avaliação do risco e de medidas em concreto envolve os três níveis: local, regional e nacional. As regras vão ser cumpridas, aguardemos os resultados e depois vamos avaliar os riscos”, acrescentou.

Na conferência, a ministra da Saúde, Marta Temido, referiu que o Governo continua a trabalhar para que seja possível o regresso da I Liga de futebol. “Mantém-se a intenção do Governo de avaliar a possibilidade que temos para a retoma das competições no final deste mês. Aliás, neste momento começamos a ter outros países com os quais podemos aprender lições, a Alemanha vai retomar a Bundesliga no dia 16. Estamos a aperfeiçoar o nosso pensamento e a aprender com os outros”, salientou.

No plano de desconfinamento, devido à pandemia de covid-19, o Governo definiu que a I Liga de futebol e a final da Taça de Portugal vão poder ser disputados, permitindo também desportos individuais ao ar livre, excluindo a continuidade da II Liga

Já os testes a 26 árbitros e assistentes e a 13 elementos do “staff” da Unidade Saúde e Performance e Conselho de Arbitragem (CA) deram negativo para covid-19, segundo fonte do CA da Federação Portuguesa de Futebol. Os testes à covid-19 são uma das medidas impostas pela FPF para o regresso dos árbitros de futebol aos treinos, previsto para esta segunda-feira.

O regresso aos treinos dos 21 árbitros da categoria principal (C1), dos 12 árbitros da C2 elite, dos 40 assistentes da categoria ACC1 e dos três videoárbitros (VAR), foi anunciado na quinta-feira pela FPF.