Surpresa à direita? PCP lembra PSD e CDS que aprovaram acções do 1.º de Maio

O líder parlamentar do PCP, João Oliveira, responde às críticas da direita e lembra que PSD e CDS aprovaram o decreto do estado de emergência que previa as deslocações entre concelhos para celebrar o Dia do Trabalhador.

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João Oliveira, líder parlamentar do PCP, lembrou que PSD e CDS aprovaram a realização das comemorações do 1.º de Maio LUSA/MIGUEL A. LOPES

Em resposta às crescentes críticas das bancadas da direita à celebração do Dia do Trabalhador pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) na Alameda, em Lisboa, o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, lembrou o PSD e CDS que a aprovação do segundo decreto do estado de emergência já previa a realização das celebrações do 1.º de Maio e as deslocações entre concelhos, em virtude da comemoração da data. E destaca que os dois partidos votaram a favor dessa medida.

Numa publicação feita no seu Facebook, João Oliveira partilha o decreto de renovação do estado de emergência a 18 de Abril (e que agora termina) e os respectivos resultados da votação dos partidos. João Oliveira acusa os sociais-democratas e os centristas de “permanente incoerência”. 

“Tudo o que o PSD e o CDS digam agora contra o 1.º de Maio depois de terem votado a favor é só mais um contributo para descabelarem a sua verdadeira despreocupação com os problemas dos trabalhadores”, acusa o deputado do PCP. 

A resposta de João Oliveira surge depois de o líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, ter atacado as concentrações promovidas pela CGTP, afirmando que “quem manda” perdeu o respeito daqueles que obedecem e considerou que “calamidade é mesmo o estado” do país. “Quando os que mandam perdem o respeito, os que obedecem perdem a disciplina. Se o entrudo para o estado de calamidade é isto, então a calamidade é mesmo o estado a que isto chegou”, escreveu, também no seu Facebook.

Já na sexta-feira, Rui Rio tinha feito duras críticas à celebração escolhida. Para presidente do PSD, a concentração de dirigentes sindicais e activistas nas ruas “em pleno estado de emergência" foi “inaceitável” e a deslocação de participantes entre concelhos, através de “camionetas” foi “uma pouca vergonha”. 

 
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