Morreu Brian Dennehy, o xerife que perseguiu Rambo (e muito mais)

O actor norte-americano tinha 81 anos. A filha, que deu a notícia à imprensa, diz que a morte ocorreu por causas naturais esta quarta-feira à noite.

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Brian Dennehy tinha 81 anos e participou em filmes como o Rambo Reuters

Um veterano actor secundário, Brian Dennehy, que acumulou vários créditos ao longo de uma carreira de mais de 40 anos no cinema, na televisão e no teatro norte-americanos, morreu durante a noite de quarta-feira no Connecticut, o mesmo estado em que nasceu em 1938. Dennehy tinha 81 anos e a notícia foi dada no Twitter pela filha Elizabeth esta quinta-feira, que afirmou que as causas eram naturais e nada tinham que ver com a Covid-19.

Depois de ter jogado futebol americano na universidade, Dennehy virou-se para o teatro amador, e teve vários trabalhos, de camionista a barman – papel que interpretou em 10 - Uma Mulher de Sonho, de Blake Edwards, em 1979 –, até conseguir sustentar-se com a representação. Com uma carreira que começou, depois dos palcos, nos anos 1970, com pequenas participações em séries policiais como Kojak Serpico e durou até à morte, é complicado alguém atento ao cinema e à televisão dos últimos anos não se ter cruzado com a figura de cabelo branco umas quantas vezes, frequentemente a fazer de agentes da autoridade. Foi ele que fez do xerife que perseguia John Rambo, o veterano do Vietname interpretado por Sylvester Stallone em A Fúria do Herói, o primeiro filme da saga Rambo assinado por Ted Kotcheff em 1982, mas não só.

Também fez, nos anos 1980, de polícia em filmes como o western de Lawrence Kasdan Silverado, ou F/X - Efeitos Mortais (e a sequela de 1991), de Robert Mandel. Em 1990, fez de advogado ao lado de Harrison Ford em Presumível Inocente, de Alan J. Pakula. Apareceu em comédias como Tommy Boy, na versão de Baz Luhrmann de Romeu + Julieta de 1996, e, nos anos 2000, fez Ela Odeia-me, de Spike Lee, e emprestou a voz a uma ratazana em Ratatouille, a animação Pixar realizada por Brad Bird.

Manteve sempre a ligação à televisão, aparecendo em séries que vão de Dinastia, dos anos 1980, à mais recente 30 Rock. Ainda recentemente, participou em cinco temporadas de The Blacklist, onde fazia de um agente do KGB. Foi nomeado, ao longo dos anos, para cinco Emmy. O teatro era uma constante na sua carreira. Ganhou um Globo de Ouro em 2001, pela peça filmada para televisão A Morte de um Caixeiro-Viajante, de Arthur Miller. Já tinha ganho um Tony por essa interpretação, um dos dois que ganhou – o outro foi em 2003, por uma encenação de Jornada Para a Noite, de Eugene O'Neill.

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