Há demasiada unanimidade no ar. E isso é péssimo
Vejo demasiada gente a abanar a cabeça em sinal de reverente obediência a decisões que não justificam este grau de consenso. Haveria certamente outras opções para escolas e alunos que mereciam um debate que não existiu.
O primeiro-ministro e o ministro da Educação apresentaram no final da semana passada as medidas para o futuro deste ano lectivo, cuja consequência é esta: um milhão de miúdos metidos em casa até Setembro, mais outros tantos pais a cuidar deles e a estudar ao seu lado. Todos estão condenados a penar mais uma dezena de semanas em ambiente de aprendizagem digital, que não passa de homeopatia educativa (sobretudo para quem está no ensino básico), auxiliados agora por um provecto canal de telescola, cuja grelha esteve várias décadas congelada, tal como o Capitão América, até ser descoberta pelos génios da 5 de Outubro.
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