Europol detecta burla de milhões em venda de máscaras para a Alemanha

Esta operação levou já a duas detenções na Holanda, continuando os investigadores a trabalhar noutras pistas, com o “apoio contínuo” dos seus parceiros, incluindo a Interpol.

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Burla europeia com máscaras de protecção LUSA/STRINGER

A Europol desfez, juntamente com a Interpol e polícias de outros países europeus, uma burla de milhões de euros ligada à venda de máscaras de protecção para autoridades de saúde alemãs.

Duas empresas em Zurique e Hamburgo tentaram adquirir 15 milhões de euros em máscaras de protecção, num negócio fora dos canais comerciais comuns e habituais. Assim, entraram em contacto com o que parecia ser um site legítimo em Espanha, que dizia vender máscaras faciais que ajudariam no combate à covid-19. Contudo, sem o conhecimento dos compradores, esse site era falso, apesar de ter endereços de email legítimos.

Por meio de correspondência por email, a empresa declarou inicialmente ter dez milhões de máscaras, tendo encaminhado os compradores para um revendedor supostamente confiável na Irlanda. O intermediário irlandês, por sua vez, prometeu colocá-los em contacto com um outro fornecedor na Holanda.

Alegando ter uma estreita relação comercial com a empresa holandesa, o intermediário garantiu que a firma a holandesa seria capaz de fornecer os dez milhões de máscaras de protecção, tendo sido feito um acordo para uma entrega inicial de 1,5 milhões de máscaras, em troca de um pagamento adiantado de 1,5 milhões de euros.

Segundo relata agora a Europol, os compradores realizaram a transferência bancária, mas as máscaras de protecção nunca chegaram, e, embora a empresa holandesa existisse de facto, o seu site tinha sido clonado pelos burlões, não havendo qualquer registo oficial da ordem de compra.

O rápido alerta destes investigadores permitiu que o banco do Reino Unido conseguisse recuperar o valor total do dinheiro, tendo os fundos sido devolvidos à Holanda e confiscados pelas autoridades.

Esta operação da Europol levou já a duas detenções na Holanda, continuando os investigadores a trabalhar noutras pistas, com o “apoio contínuo” dos seus parceiros, incluindo a Interpol.