Coronavírus
A saúde dos portugueses em quarentena
Mais de um quarto dos portugueses (26%) não foi a um centro de saúde ou a um hospital, apesar de precisar, por causa do coronavírus. Entre os grupos de risco, a percentagem sobe para 33%. O estudo não permite aferir se estes adiamentos se deveram ao adiamento de consultas ou tratamentos, mas o certo é que a generalidade dos portugueses assume que teria medo, caso precisasse de se deslocar a um centro de saúde. E como vamos de saúde mental? Mais de um terço dos portugueses declara sentir-se pior do que antes da crise sanitária, muitoi por causa da ansiedade, tristeza e apreensão que dizem sentir.
Quanto à sua saúde física e mental, sente-se melhor, igual ou pior do que estava há um mês
Saúde física
Saúde mental
Como avalia a qualidade das suas relações dentro do agregado familiar?
Tem medo que o temperamento de algum dos elementos da família possa levar a situações de violência?
Vive sozinho ou com outras pessoas dentro da mesma casa?
DIOGO MOREIRA
Se precisasse de ir a um centro de saúde ou hospital, acha que teria receio de ir?
Deixou de ir a algum centro de saúde, clínica ou hospital por causa deste vírus?
Nas últimas semanas, por causa de toda esta situação de isolamento social, que sentimentos lhe têm surgido mais vezes?
FICHA TÉCNICA
Este inquérito foi realizado pelo Cesop-Universidade Católica Portuguesa para a RTP, PÚBLICO e parceiros e patrocinadores da Universidade, entre os dias 6 e 9 de Abril de 2020. O universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos residentes em Portugal. Os inquiridos foram seleccionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel e telefone fixo, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efectuadas por telefone e os inquiridos foram informados do objectivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 1700 inquéritos válidos, sendo 57% dos inquiridos mulheres, 34% da região norte, 20% do centro, 33% da A.M. de Lisboa, 7% do Alentejo, 3% do Algarve, 2% da Madeira e 2% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população residente por sexo, escalões etários, grau de escolaridade e região com base nas estimativas do INE. A taxa de resposta foi de 49%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1700 inquiridos é de 2,4%, com um nível de confiança de 95%.
