A iconografia do isolamento não nos é estranha
O confinamento ditado pela pandemia parece ter sido antecipado por alguns artistas contemporâneos. Por estes dias, sentimo-nos habitantes das pinturas de Edward Hopper ou das fotografias de Gregory Crewdson, que tanto nos devolvem a tensão da solidão como podem ajudar-nos a entendê-la e até a ver a sua beleza.
Paisagens urbanas desertas. Figuras isoladas. Apartamentos iluminados no escuro da noite, com pessoas à janela olhando o vazio. Lá dentro, individualmente, a dois, ou em família, o mesmo sentimento de desolação, de incompletude, de ausência de qualquer coisa que nem se sabe nomear.
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