O pânico frio da rua invadiu a casa dos escritores e eles ficaram sem literatura
Mudez, paralisia, falta de linguagem para contar o quotidiano “insidioso” que invadiu o espaço mais íntimo. Das suas casas os escritores olham a rua e vêem nela um momento histórico que transformou o banal num abismo que está por contar. Talvez daqui a 50 anos. Agora todos os escritores do mundo tomam notas sobre o mesmo assunto. No papel ou notas mentais. O grande romance terá de esperar.
“Em frente à secretária onde trabalho há uma janela grande que ao início da noite me mostra uma cidade petrificada”, diz Mário Cláudio.
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