Não há confusão na fusão de Thundercat
Todos os géneros musicais vivem naturalmente na música de Thundercat.
Para todos aqueles que são mais atentos às fichas técnicas dos discos de muita da produção recente nesse amplo espaço de intersecção entre soul, funk, jazz e hip-hop, Thundercat será nome pouco desconhecido e com uma avaliação bastante positiva. É fácil encontrá-lo a contribuir activamente em álbuns de Flying Lotus, Kendrick Lamar, Janelle Monáe ou Kamasi Washington, citando apenas algumas das figuras que convocam a sua invulgar capacidade para inundar de vida qualquer tema com recurso a umas quantas notas de baixo. Largado à solta, parece ser, de igual forma, um criador eminentemente colectivo, partilhando a produção das suas gravações com Flying Lotus (e editando pela Brainfeeder, fundada pelo seu gémeo criativo) e rodeando-se de muitos dos seus habituais comparsas para o estúdio, ao mesmo tempo que se revela um íman para muita da música que, antes dele, namorou numa esplendorosa promiscuidade com os vários géneros de que falávamos acima — de Miles Davis a George Clinton, de Bootsy Colliins a Prince, de Erykah Badu aos OutKast.
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