Em Espanha, os futebolistas exigem garantias para o regresso dos campeonatos

Em comunicado, o Sindicato dos Futebolistas Espanhóis (AFE) lembra que “a primeira preocupação e exigência é a saúde”.

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LUSA/Rodrigo Jimenez

Os futebolistas da primeira e da segunda divisão de Espanha consideram que “a primeira preocupação e exigência é a saúde” e que os campeonatos “não devem recomeçar até autorização dos responsáveis de saúde”, face à pandemia da covid-19.

Em comunicado divulgado neste domingo pelo Sindicato dos Futebolistas Espanhóis (AFE), depois de reuniões com capitães dos plantéis de ambos os escalões, os jogadores reiteram que o calendário tem que estar sujeito às decisões das autoridades sanitárias.

“Tudo está condicionado à saúde individual e à protecção da saúde pública, de todos os cidadãos e cidadãs deste país”, refere a nota do Sindicato.

Os futebolistas alertam que o recomeço dos campeonatos, que pressupõe o regresso ao relvado e aos balneários, apenas poderá ser feito depois de estar garantida a segurança sanitária por um especialista em matéria epidemiológica.

Em relação às medidas de Expediente Temporário de Regularização Temporário de Emprego (ERTE) requeridas por clubes, o Sindicato diz estranhar o apoio da Liga às mesmas, uma vez que a entidade pede aos clubes finanças saudáveis e ela própria não tem uma “almofada temporária” para uma situação de dois meses.

“Os próprios clubes e os jogadores, individualmente, estão a fazer acordos no que diz respeito a salários. O que não vamos fazer é que deixem de estar garantidos os nossos direitos laborais”, acrescenta o comunicado.

A finalizar, os futebolistas das ligas profissionais repetem que só aceitam o regresso dos campeonatos se os mesmos forem autorizados pelas autoridades.

“Não se trata do futebolista, mas de tudo o que o rodeia. E, neste sentido, se tivermos de levar a iniciativa ao Congresso dos deputados, iremos fazê-lo. A saúde deve ser algo de todos”, conclui a nota dos jogadores.

A Espanha é o segundo país com mais casos de infectados pelo novo coronavírus, um total de 130.759, e regista 12.418 mortes.