PSD e CDS remetem avaliação do Fidesz de Orbán para mais tarde

Rui Rio considera que os esforços devem estar concentrados no combate à pandemia

Rui Rio quer balanço sobre estado de emergência na Hungria
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Rui Rio quer balanço sobre estado de emergência na Hungria Paulo Pimenta
Nuno Melo
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Nuno Melo, eurodeputado do CDS paulo pimenta

O PSD e o CDS remetem a avaliação sobre a expulsão do Fidesz – partido do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán – do Partido Popular Europeu (PPE) para mais tarde por considerarem que a prioridade actual é o combate à pandemia da covid-19.

Esta é a posição assumida pelos dois partidos membros do PPE depois de questionados sobre o motivo pelo qual não assinaram uma carta subscrita por 13 partidos do PPE que apelavam à expulsão do Fidesz do grupo. Em causa está o prolongamento e a abrangência do estado de emergência decretado na Hungria a pretexto da covid-19 e que deu poderes plenipotenciários ao Governo liderado por Viktor Orbán.

O desrespeito pelos parâmetros da democracia que se agravou com a imposição do estado de emergência levou os 13 partidos  - que incluem a Nova Democracia da Grécia mas não a CDU alemã ou o PP espanhol – a dirigir uma carta ao presidente do PPE, Donald Tusk.

Na passada quarta-feira, Rui Rio recebeu uma carta de Donald Tusk em que se mostrava preocupado com a situação da Hungria, mas que considerou ser agora o tempo de de ligar com a crise de saúde pública. “O presidente do PSD concorda com esta posição de Donald Tusk, entendendo que, no momento da reavaliação, deverá ser feito um balanço sobre a forma como foi gerido o estado de emergência na Hungria”, de acordo com uma resposta enviada ao PÚBLICO pela assessoria de imprensa do PSD sobre o motivo de Rui Rio não ter assinado a carta subscrita por outros 13 líderes partidários. 

Na mesma linha, o eurodeputado Nuno Melo considerou que o CDS se junta “a todos os partidos do PPE que entendem dever a situação na Hungria e o respectivo estado de emergência ser debatida com carácter de urgência no partido”, depois de “superada a crise” a Europa atravessa e que “deve ser a prioridade política”. A posição foi expressa na rede social Twitter para a qual foi remetida a questão colocada pelo PÚBLICO.

Relativamente à Hungria, o eurodeputado do CDS escreveu ainda que a pandemia da covid-19 “é uma emergência mundial que deve manter os povos unidos no seu combate”, mas que “não pode ser utilizada como instrumento político para decisões de duvidoso espírito democrático”.

A próxima assembleia política do PPE - onde se discute a suspensão ou expulsão de um partido - está marcada para Setembro em Munique. 

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