Precisamos de uma data ao fundo do túnel
Esta tem de ser uma prioridade absoluta do governo, com o apoio da comunidade científica: dêem-nos estudos, dêem-nos datas, dêem-nos alguma coisa a que nos agarrar.
O problema mais grave não é ter o país fechado. O problema mais grave é ter o país fechado sem uma data para abrir. Esta suspensão do tempo é catastrófica, porque nada pode ser planeado. As pessoas e as empresas precisam de um prazo, de um dia para voltar a trabalhar e retomar aos poucos as suas vidas. É 15 de Maio? É 1 de Junho? Que seja 1 de Junho. Mas o fundamental é fazer tudo o que está ao nosso alcance para que essa data seja realmente cumprida. Sim, precisamos desesperadamente de máscaras e de ventiladores. Mas também precisamos desesperadamente de esperança e de planeamento. De outra forma, ficaremos infindáveis semanas presos ao dia a dia, a ver aumentar o número de infectados nos hospitais e o rancor nas nossas vidas.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
