Restauração vale 90% dos incumprimentos das regras de estado de emergência

Ministério da Administração Interna diz que há muitos casos de reincidentes, “acabando alguns dos proprietários, depois de notificados, por serem detidos pelo crime de desobediência”.

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Dados foram recolhidos pela GNR e PSP LUSA/NUNO VEIGA

Entre os dias 22 de Março e 1 de Abril foram encerrados 1633 estabelecimentos por incumprimento das regras do estado de emergência. A esmagadora maioria, de acordo com a informação do Ministério da Administração Interna (MAI) enviada ao PÚBLICO, são do sector da restauração e bebidas.

Segundo os dados recolhidos pelas forças de segurança (PSP e GNR), cerca de 90% dos casos de incumprimento estão ligados a este sector, como seja a “continuação da manutenção da abertura de estabelecimento ao público, em regime de funcionamento normal”, como os cafés, ou a verificação de “estabelecimentos abertos e a servir refeições à mesa” e de estabelecimentos “a vender bens a clientes e estes a consumirem no seu interior”. As regras em vigor permitem apenas a venda em regime de entrega em casa ou de take-away.

De acordo com as informações disponibilizadas pelo MAI, “muitos destes estabelecimentos são reincidentes, acabando alguns dos proprietários, depois de notificados, por serem detidos pelo crime de desobediência”.

Até às 18 horas de quarta-feira, 1 de Abril, tinham sido detidas 90 pessoas por crime de desobediência “por violação da obrigação de confinamento obrigatório”, mas também “por outras situações de desobediência ou resistência”.

Além do sector da restauração, as autoridades encerraram outro tipo de estabelecimentos que continuavam indevidamente abertos ao público, como ginásios e cabeleireiros.

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