Coranavírus: câmaras de infravermelhos vigiam a temperatura dos passageiros nos aeroportos
Caso sejam detectadas situações de temperatura corporal elevada, o passageiro é submetido a um segundo rastreio por uma equipa de técnicos de saúde, que acompanharão a pessoa para área reservada, procedendo a um inquérito e actuando de acordo com os procedimentos médicos exigidos.
Os aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Madeira e Ponta Delgada estão equipados com equipamentos de medição de temperatura corporal. São câmaras de infravermelhos que permitem avaliar a temperatura dos passageiros à distância quando passam da área da recolha das malas para o corredor da alfândega que dá acesso à saída.
Vários foram os relatos de passageiros que chegaram a Portugal nos últimos dias e questionaram qual seria afinal o controlo que estava a ser feito porque, alegadamente, ninguém lhes mediu a temperatura. Esperavam que à saída do aeroporto estivessem profissionais de saúde com termómetros a medir a temperatura a todos os passageiros.
Mas não é preciso. A temperatura é medida sim, mas por câmaras colocadas no tecto, no corredor, que está devidamente assinalado, e que dá acesso à saída.
Na entrada desse corredor está um cartaz com um fundo azul que avisa o seguinte: “Leitura de temperatura, mantenha a face descoberta.” E também indica que os passageiros devem retirar os óculos, gorros e cachecóis.
No chão também estão sinais com fundo azul e com umas setas que indicam a direcção que se deve seguir e que se deve manter a distância de um metro da pessoa da frente.
Segundo a ANA - Aeroportos de Portugal, “este tipo de equipamento permite alguma fluidez na circulação, diminuindo na medida do possível o transtorno dos passageiros que chegam aos aeroportos”.
E como funciona: Caso sejam detectadas situações de temperatura corporal elevada, seguir-se-á um segundo rastreio por uma equipa de técnicos de saúde, os quais acompanharão a pessoa para área reservada, procedendo a um inquérito e actuando de acordo com os procedimentos médicos exigidos.
Mas há mais medidas, além das câmaras de infravermelhos, a ANA seguindo as orientações da Direcção-geral de Saúde (DGS), da Organização Mundial da Saúde (OMS), implementou um conjunto de medidas para garantir a segurança dos seus trabalhadores e de todos os que passam pelos aeroportos nacionais, nomeadamente: a divulgação da campanha da DGS, para uma maior consciencialização individual e para o reforço das recomendações de higiene e de comportamento e reforçou a limpeza das instalações em áreas comuns com desinfectantes de nível hospitalar, através de equipas mais numerosas e em permanência.
Nova tecnologia de desinfecção
Neste aspecto, está a ser aplicado um produto, Microbe Shield Z-71 da marca Zoono, que consiste numa nova tecnologia de desinfecção que se mantém activo até 30 dias.
Além disso, foram colocadas centenas de higienizadores de mãos em vários pontos dos terminais, há salas de isolamento para que as equipas especializadas possam lidar com casos suspeitos logo à chegada e foi feito um reforço da orientação de distanciamento social, através da colocação, nos terminais, de sinalização própria para este efeito e também de avisos sonoros.
Procedeu-se também ao encerramento dos lounges da ANA, à limitação do acesso aos aeroportos com o apoio da PSP e ao reforço da comunicação directa ao passageiro através das redes sociais e de uma nova área no website dedicada à covid-19, respondendo continuamente às questões que são colocadas pelos passageiros, a par do serviço prestado pelo call center;
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) também desempenha um papel importante, uma vez que estão na “porta da frente” do aeroporto.
De acordo com o SEF, nos postos de fronteira aérea, cabe a esta força de segurança, a missão de controlar a circulação de pessoas, impedindo a entrada ou saída do território nacional de pessoas que não satisfaçam os requisitos legais exigíveis para o efeito.
Actualmente, dado o Estado de Emergência Nacional, “o SEF informa os passageiros que entrem em território nacional das restrições de circulação no território nacional através de folheto informativo de forma a alertar para o ponto de situação existente no país”.