Mécia de Sena (1920-2020): uma longa vida dedicada à obra de Jorge de Sena

Sem a persistência e o rigor de Mécia de Sena, a dimensão pública da obra de Jorge de Sena seria hoje consideravelmente menor. Morreu este sábado em Los Angeles, na Califórnia. Fizera cem anos há duas semanas.

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fernando lemos/ museu calouste gulbenkian

A mulher de Jorge de Sena, Mécia de Sena, morreu este sábado em Los Angeles, na Califórnia, com cem anos completados no passado dia 16. Foi uma figura tão relevante quanto singular na cultura portuguesa contemporânea, já que o essencial do que lhe devemos não é uma obra em nome próprio, mas o seu persistente e rigoroso trabalho de décadas a organizar para publicação, prefaciar e anotar os muitos livros ou materiais dispersos que o marido deixou inéditos à data da sua morte prematura, em 1978, a começar por essa obra-prima do romance português que é Sinais de Fogo (1979), e incluindo volumes de poemas como Sequências (1980) ou Visão Perpétua (1982), entre vários outros, e ainda teatro, traduções de poesia estrangeira, livros de contos, e um extenso conjunto de volumes de ensaios.

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