Jerónimo de Sousa pede aos jovens que “não se calem perante as injustiças”

Sem acções de rua, nem manifestações no Dia Nacional da Juventude, o líder do PCP apela aos jovens que encontrem formas alternativas de fazer ouvir as suas vozes e lutarem contra as injustiças.

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PCP pede aos mais jovens que não desistam de lutar LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Para assinalar o Dia Nacional da Juventude, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, dirigiu-se “aos estudantes e aos trabalhadores, aos que vivem no campo e na cidade, aos atletas, aos músicos, aos artistas”, que por força das circunstâncias de excepção neste período de combate à pandemia covid-19 não podem sair à rua para festejar a data, num mês “particularmente caro à juventude portuguesa”.

Numa declaração enviada aos jornalistas, Jerónimo de Sousa lembra que também esta semana, na terça-feira, se celebrou o Dia Nacional do Estudante, resultado de um projecto de lei comunista. São, nas palavras de Jerónimo de Sousa, “dias de valorização da contribuição dos jovens para a luta contra o fascismo, mas que são, principalmente, momento de afirmação do direito a ter direitos, do direito a uma vida melhor”.

Datas que ao longo das últimas décadas, foram de festa, mas “também e sempre de luta”, com acções do movimento estudantil e com a manifestação nacional da juventude trabalhadora. “As novas circunstâncias, com a eclosão do surto epidémico, impediram as acções de rua”, mas nem por isso limitaram “nem os direitos, nem os sonhos das jovens gerações”, contrapõe o secretário-geral do PCP, apelando aos jovens que encontrem formas alternativas de fazer ouvir a sua voz.

Jerónimo de Sousa aproveita a nota para alertar que “os jovens estão entre os primeiros afectados pelas consequências da epidemia, seja na escola, com a angústia de não saber o que vai acontecer nos dias que virão, seja nas empresas e locais de trabalho, confrontados com uma leva de despedimentos e pelo corte nos direitos que sectores patronais estão a promover”.

Por isso, o líder comunista apela a que não se baixem os braços e “não se calem perante as injustiças ou os atropelos”. “Nestes dias de incerteza e inquietação, assoma-nos a confiança de quem sabe que, em todos os momentos difíceis, em todas as curvas apertadas, foi sempre o povo que olhou de frente os perigos e ameaças, que tomou nas suas mãos os seus destinos e deu resposta aos problemas que lhe surgiram pela frente”, acrescenta. E os jovens, “como Abril bem mostra”, estiveram na primeira fila, conclui Jerónimo de Sousa em desafio.

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