Tocamos no telemóvel duas mil vezes por dia. É preciso desinfectá-lo, avisa DGS

Na página da Direcção-Geral da Saúde no Facebook há vários vídeos com conselhos e técnicas de limpeza.

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Paulo Pimenta

Pedindo aos cidadãos que sejam agentes de saúde pública, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) colocou esta sexta-feira na sua página no Facebook dois vídeos em que explica como desinfectar telemóveis e como limpar superfícies.

Lembrando que retiramos o telemóvel do bolso 200 vezes e que lhe tocamos mais de duas mil vezes por dia, em média, a DGS descreve num vídeo a melhor técnica para o limpar. É muito simples: comece por desligar o telemóvel, retire-lhe a capa e, com toalhitas para bebé, humedecidas com detergente ou álcool a 70%, limpe bem o ecrã e as outras superfícies do aparelho.

Também a técnica de limpeza de superfícies é simples. Lembrando que, quando tossimos ou espirramos, libertamos gotículas, a DGS frisa que é preciso limpar com a maior frequência possível especialmente corrimões, maçanetas, interruptores, botões de elevadores, com uma solução de quatro litros de água e cinco colheres de lixívia. Os móveis e as casas de banho também devem ser limpos com regularidade. No vídeo especificam-se os passos a seguir.

Os vídeos podem ser vistos no YouTube: um sobre como limpar os telemóveis e outro superfícies.

Ainda antes da crise da pandemia do novo coronavírus, a Apple recomendava usar apenas uma mistura de água e sabão para desinfectar os telemóveis, evitando usar produtos de limpeza fortes ou abrasivos, mas há duas semanas actualizou a informação sobre limpeza destes equipamentos na sua página, explicando que se podem usar toalhitas com cerca de 70% de álcool isopropílico. O ideal é limpar os aparelhos electrónicos com desinfectantes que contenham entre 62-71% de álcool etílico.

Apesar de ainda não haver certezas sobre o tempo em que o novo coronavírus sobrevive em objectos, segundo a Organização Mundial de Saúde os outros tipos de coronavírus podem permanecer em superfícies até alguns dias, variando esses períodos com a temperatura, humidade e tipo de superfície.

Em materiais como metal, plástico, ou vidro a duração pode estender-se até nove dias, de acordo com uma revisão da literatura de 22 estudos sobre outros coronavírus que foi publicada em Janeiro na revista Journal of Hospital Infections e que se baseia no que tem sido observado para coronavírus que já antes desta pandemia estavam em circulação.

com Karla Pequenino

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