O vírus suspendeu a Pintura Democrática

Pintura Democrática, uma exposição que por causa de um vírus desapareceu no Centro de Cultural de Cascais, foi o mote para uma conversa sobre a possibilidade de democracia, na condição do ideal imaginado, hipótese de sonho. Com o seu curador, Joaquim Sapinho, homem do cinema, amante de pintura.

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Há pouco mais de uma semana, o cineasta Joaquim Sapinho planava, feliz, pelos corredores do Centro Cultural de Cascais, rodeado de coisas que ama. Pinturas de artistas portugueses. Menez, Mário Cesariny, Helena Vieira da Silva, António Palolo, Eduardo Batarda, Paula Rego, Nikias Skapinakis, René Bertholo. Por momentos, parecia dançar com elas, num êxtase irreprimível. Em linguagem cinematográfica, um plano-sequência guiado pela pintura, mas que, desde então, não se voltou a repetir. Sim, Pintura Democrática, é de uma exposição que aqui se fala, vive hoje num limbo. Existiu e pode ser que ainda venha a ressuscitar, mas neste momento não existe. Enquanto isso, nesse intervalo, conte-se a sua história, uma história, como vão perceber, se conta com e para lá da pintura.

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