Cofina pede à CMVM que extinga OPA sobre a Media Capital

Espanhola Prisa, dona da Media Capital, já ameaçou recorrer à justiça devido ao fracasso do negócio.

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Depois da Altice, também a Cofina falhou a compra da dona da TVI Nuno Ferreira Santos

A Cofina revelou esta quarta-feira que pediu à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que decrete a morte da Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Media Capital, dona da TVI.

O fim da operação, lançada pela Cofina em Setembro, com o objectivo de criar um “grupo de media independente”, foi anunciado a 11 de Março.

O grupo de Paulo Fernandes justificou-o com a instabilidade que se vive nos mercados financeiros e que tornou impossível completar o aumento de capital de 85 milhões de euros, necessário para fechar o negócio.

Segundo o comunicado desta quarta-feira, a Cofina apresentou um requerimento à supervisora do mercado de capitais em que pede “que se considere extinto o procedimento da oferta, por impossibilidade definitiva de verificação de um dos requisitos de que dependia o respectivo lançamento”.

Considerando-se extinto o procedimento, deve também ser revogada a oferta, “por alteração das circunstâncias, nos termos do art.º128.º do Código de Valores Mobiliários”, lê-se no comunicado.

No centro da polémica entre a Cofina e a Prisa está também uma caução de dez milhões de euros que a Cofina já tinha desembolsado, e que no entender dos espanhóis não pode recuperar. O grupo português, que é dono de títulos como o Correio da Manhã, o Record e o Jornal de Negócios, tem opinião contrária.

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