OMS diz que grávidas com sintomas “deviam ter prioridade” nos testes à covid-19
Numa altura em que se continuam a aguardar as orientações da Direcção-Geral da Saúde quanto ao protocolo na gravidez e no parto neste cenário de pandemia, já há uma petição a reclamar o direito a acompanhante no parto de mães infectadas.
A Direcção-Geral de Saúde (DGS) diz ter “neste momento em preparação uma orientação específica para as grávidas” para ajudar os hospitais a responder à pandemia. Mais célere, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou já algumas directrizes orientadoras, entre as quais defende que as grávidas com sintomas da doença deviam ter prioridade nos testes, dado poderem “precisar de cuidados especializados”, apesar de, até agora, o vírus não ter sido encontrado nem no líquido amniótico nem no leite materno.
Lembrando não haver qualquer recomendação no sentido de o parto de grávidas infectadas ser feito com recurso a cesariana, a OMS recomenda ainda que as grávidas, incluindo as suspeitas de infecção ou infectadas, devem ver preservado o direito de terem um acompanhante durante o parto.
Por cá, igual reivindicação motivou o lançamento de uma petição pública (perto de seis mil assinaturas, ao início da noite de segunda-feira) apelando a que a DGS estabeleça um protocolo que reconfirme esse direito, já previsto na legislação, dado que “a presença de um acompanhante pode ser determinante num momento tão sensível como é o da gravidez e do parto”. No momento, aparentemente as regras vão variando de hospital para hospital.