Avião parte de Beja para ir buscar equipamento médico à China. Hifly “recusou todos os lucros da missão”

Um avião da Hi Fly, com capacidade para 30 toneladas, aguarda autorização para partir esta sexta-feira do Terminal Civil Aeronáutico de Beja. Da China trará máscaras, ventiladores e outros equipamentos médicos.

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Hi Fly

A companhia aérea privada portuguesa Hi Fly anunciou que vai enviar um Airbus A340 num “voo de emergência à China para recolher máscaras protectoras, óculos, roupa, testes de diagnóstico, ventiladores” e outros equipamentos médicos essenciais no combate à pandemia da covid-19.

O avião, com “capacidade para trazer cerca de 30 toneladas de bens essenciais”​,​ deverá partir esta sexta-feira do Terminal Civil Aeronáutico de Beja com destino à cidade de Cantão, próxima de Macau e de Hong Kong, e “deverá aterrar em Lisboa na manhã de 22 de Março”, aponta a empresa.

À data de publicação do artigo encontrava-se, no entanto, ainda a aguardar autorização por parte das entidades da China, para onde voará directamente.

Ao que o PÚBLICO pôde apurar, trata-se de uma encomenda do Governo, da qual não se conhecem mais pormenores, nomeadamente quantidades de cada equipamento ou por que estabelecimentos de saúde pública serão distribuídos.

Em comunicado, a Hi Fly afirma ter sido “a primeira companhia aérea [em Portugal] a responder positivamente para ajudar” no combate à crise provocada pela pandemia. “Para garantir que o voo seria realizado, a Hi Fly recusou todos os lucros da missão”, acrescenta.

Através da Fundação Mirpuri, uma organização não-governamental criada por Paulo Mirpuri, presidente e director-executivo da transportadora aérea, adianta ainda ter feito “uma doação de 100.000 euros” para cobrir os custos da operação.

Em Janeiro, a Hi Fly já tinha voado até à China para fazer o repatriamento de cidadãos europeus desde Whuan, a cidade chinesa onde eclodiu o surto do novo coronavírus.

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