Estas escolas vão estar abertas para servir refeições e acolher alunos
Estas nove escolas fazem parte de um dispositivo montado pela Câmara de Lisboa e pelo Ministério da Educação, sendo que “pode haver mais uma ou outra que possa vir a funcionar” nestes moldes.
Nove escolas públicas de Lisboa vão estar disponíveis para receber filhos de funcionários de serviços públicos essenciais, apesar das actividades lectivas estarem suspensas a partir de segunda-feira devido à pandemia de covid-19, anunciou este domingo a câmara. “Os filhos dos funcionários públicos de serviços essenciais (como os dos serviços de saúde, de higiene urbana e de segurança, entre outros) vão poder aceder a nove escolas de outros tantos agrupamentos escolares, cobrindo a generalidade do território do município”, dá conta a autarquia em comunicado.
Os estabelecimentos de ensino disponíveis para acolherem estes alunos são: Escola Básica de São Vicente (Telheiras), Escola Secundária Gil Vicente, Escola Básica Mestre Arnaldo Louro de Almeida, Escola Básica Patrício Prazeres, Escola Secundária do Lumiar, Escola Secundária do Restelo, Escola Básica Leão de Arroios, Escola Básica Nuno Gonçalves e Escola Básica Paulino Montez.
Em declarações à agência Lusa, o vereador da Educação e dos Direitos Sociais, Manuel Grilo (BE), explicou que, tendo em conta que nem todos os agrupamentos escolares contarão com escolas abertas, os alunos podem aceder a qualquer um destes nove estabelecimentos. Ainda assim, “os pais devem deixar os filhos junto do agrupamento mais perto do local de trabalho ou da residência”, salientou o autarca do BE (partido que tem um acordo de governação do concelho com o PS).
Manuel Grilo referiu também que “as escolas estão a organizar a forma de receber os alunos, de forma produtiva”, agrupados por ciclos de ensino e com um horário a combinar em função das necessidades dos encarregados de educação. O autarca garantiu ainda que as restrições impostas pelas autoridades de saúde serão cumpridas e que os alunos serão devidamente “separados quando estiverem em sala de aula”.
Estas nove escolas fazem parte de um dispositivo montado pela Câmara de Lisboa e pelo Ministério da Educação, sendo que “pode haver mais uma ou outra que possa vir a funcionar” nestes moldes.
Quanto às refeições, a câmara recorda em comunicado que todos os alunos dos jardins-de-infância e escolas do 1.º ciclo de Lisboa abrangidos pela acção social escolar (A, B e NEE) — que são cerca de 8.500 — “vão poder continuar a usufruir das refeições (pequeno-almoço, almoço e lanche), em sistema take-away, por motivos de higiene e segurança no contexto atual, disponibilizadas em escolas referenciadas como ponto de recolha”, abrangendo “todos os agrupamentos de escolas da cidade”. Estes pontos de recolha funcionarão entre as 12h e as 13h30.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou na quinta-feira que as creches e escolas do ensino básico ao superior vão suspender todas as actividades lectivas presenciais a partir de segunda-feira, para tentar conter o surto de covid-19.
O novo coronavírus responsável pela pandemia de covid-19 foi detectado em Dezembro, na China, e já provocou mais de 6000 mortos em todo o mundo. Em Portugal, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) elevou este domingo o número de casos de infecção confirmados para 245, mais 76 do que os registados no sábado.