Ofertórios por MB Way por causa do coronavírus na Igreja Lusitana e Aliança Evangélica

Numa nota com nove pontos, a Aliança Evangélica dá conta de várias recomendações para além das da DGS, “até futuros desenvolvimentos da epidemia” do novo coronavírus.

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Para além da utilização de MB Way coloca-se também a hipótese de transferência electrónica Gonçalo Dias

A Aliança Evangélica Portuguesa emitiu, esta segunda-feira, um conjunto de indicações aos seus membros, face ao surto de Covid-19, para serem seguidas nos cultos religiosos, como a desinfecção das mãos antes de entrarem nas salas de culto.

Numa nota com nove pontos, divulgada na sua página do Facebook, a Aliança Evangélica dá conta de que, “até futuros desenvolvimentos da epidemia” do novo coronavírus, propõe, além das recomendações da Direcção-Geral da Saúde, que “à entrada de cada local de culto ou reunião haja dispensadores de solução alcoólica desinfectante para as mãos. Todos os participantes destas reuniões devem lavar/desinfectar as mãos antes de entrar na sala de culto e à saída”.

Fazer os cumprimentos sem beijos ou apertos de mão, a permanência no domicílio dos membros maiores de 65 anos e doentes imunodeprimidos, assistindo ao culto “através de transmissão online”, a existência de um registo interno de participantes em cada culto, tendo em vista a eventual comunicação às autoridades de saúde caso se verifique a presença de um eventual infectado, são algumas das recomendações da Aliança Evangélica.

Esta confissão religiosa defende, também, a utilização “de cálices individuais e que o pão servido na comunhão seja dado a cada um através do uso de luvas”, bem como que “o manuseamento das ofertas seja realizado com as mãos protegidas com luvas”, colocando também a possibilidade de utilização de MB Way e transferência electrónica. Por fim, aconselha a que antes de “uma possível visita, seja feito um telefonema aos irmãos que estão doentes”, para aferir da conveniência de a mesma se realizar.

Também a Igreja Lusitana, de Comunhão Anglicana, deixou já aos seus fiéis um conjunto de indicações, pois “importa no actual contexto ser cauteloso, seguindo as orientações emanadas pela Direcção-Geral de Saúde, sem contudo cair em alarmismos desnecessários que só promovem um clima de medo, esse sim capaz de provocar ainda maiores danos para todos”.

Na sua página da Internet, a Comissão Executiva da Igreja Lusitana recomenda que, quanto à administração da comunhão, todos os que a administram “devem lavar as suas mãos ou usar um gel à base de álcool antes da preparação da mesa”. A suspensão do uso do cálice comum pela comunidade, apenas sendo o mesmo usado pelo ministro que preside à eucaristia, a distribuição do pão consagrado na mão e nunca na boca do comungante são outras indicações deixadas pelos responsáveis da Igreja Lusitana, que também defendem que o sinal da paz não envolva contacto físico.

Na sua nota, esta confissão religiosa recomenda que sejam seguidas as indicações da Direcção-Geral da Saúde. “Como em tudo na vida, percebemos aqui também que o uso da nossa liberdade individual requer um forte sentido de responsabilidade e de cuidado para com os outros e a comunidade em geral”, justifica a Comissão Executiva da Igreja Lusitana.

Já no início da semana passada, a Igreja Católica, através da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), emitira um comunicado em que exortava ao cumprimento das “indicações e normas da Direcção-Geral de Saúde”. “Como em situações semelhantes e em sintonia com outras conferências episcopais e dioceses, e para evitar situações de risco, recomendamos algumas medidas de prudência nas celebrações e espaços litúrgicos, como, por exemplo, a comunhão na mão, a comunhão por intinção [molhar a hóstia no vinho consagrado] dos sacerdotes concelebrantes, a omissão do gesto da paz e o não-uso da água nas pias baptismais”, acrescentava o comunicado do Conselho Permanente da CEP.

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