Este Benfica, já nem de penálti lá vai

Os “encarnados” empataram a um golo em Setúbal. Pizzi marcou uma grande penalidade e falhou outra.

Carlinhos, autor do golo do V. Setúbal
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Carlinhos, autor do golo do V. Setúbal LUSA/RODRIGO ANTUNES
Pizzi quando marcou o golo do empate do Benfica
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Pizzi quando marcou o golo do empate do Benfica LUSA/RODRIGO ANTUNES
Bruno Lage
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Bruno Lage LUSA/RODRIGO ANTUNES
Lance do jogo entre o V. Setúbal e Benfica
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Lance do jogo entre o V. Setúbal e Benfica LUSA/RODRIGO ANTUNES
Pizzi marcou um penálti e falhou outro
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Pizzi marcou um penálti e falhou outro LUSA/RODRIGO ANTUNES

O Benfica é, neste momento, uma equipa em depressão. E, se tem dúvidas, aqui ficam apenas alguns dos sintomas da doença: sensação de irritabilidade, tensão ou agitação; diminuição da energia, fadiga e lentidão; perda de interesse e prazer nas actividades diárias; alteração da concentração, memória e raciocínio. Tudo isto é possível observar, por estes dias, num Benfica doente e que neste sábado empatou a um golo com o Vitória de Setúbal, mesmo tendo beneficiado de dois penáltis.

A precisar de vencer para colocar um pouco mais de pressão no FC Porto, equipa que na jornada anterior lhe tinha “roubado” a liderança da I Liga, o Benfica desperdiçou os primeiros 45 minutos no Estádio do Bonfim, jogando de forma previsível e pouco intensa. Tudo o que o Vitória precisava para manter organizada a sua povoada dupla linha defensiva de quatro elementos cada.

Num relvado irregular, os passes errados sucederam-se. Taarabt, um pouco mais recuado do que vinha jogando, não conseguia fazer vingar os passes “rasgados” com que por vezes consegue desequilibrar as defesas adversárias e Pizzi também não era capaz de tabelar com os homens mais centrais da linha da frente.

Do outro lado, o Vitória tentava criar perigo em lançamentos longos, mas o Benfica mostrou-se um pouco mais fiável a controlar esse tipo de lances. O resultado foi um primeiro tempo aborrecido com apenas uma ocasião de golo para cada lado.

Penálti marcado, penálti falhado

O segundo tempo foi diferente e muito por culpa do que Carlinhos conseguiu fazer logo ao minuto 46 — o médio brasileiro finalizou uma das melhores jogadas da partida e inaugurou o marcador para os sadinos.

Foi o pior recomeço de jogo possível para os “encarnados” que tiveram a sorte de Semedo cometer um erro pouco depois, acertando com o cotovelo no rosto de Rúben Dias na marcação de um canto. Um despropósito do central sadino, até porque a bola nem sequer ia para a zona onde estavam ambos os jogadores.

Pizzi não falhou o penálti (49’) e repôs a igualdade, dando algum ânimo aos “encarnados” que tiveram cerca de 15 minutos de maior dinamismo, também fruto da entrada de Rafa em campo. E podiam ter consumado a reviravolta se Pizzi não tivesse falhado um segundo penálti, assinalado por mão na bola de Artur Jorge. Só que, tal como na jornada anterior, o capitão “encarnado” falhou e o Benfica somou novo empate e acentuou a depressão: nos últimos oito jogos que disputou só venceu um.

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